Mas atéia, atéia de
todo, Luciana? Meio constrangida, confesso: ainda acredito na inveja dos
deuses.
É uma contradição interessante que eu busque respiro na psicanálise onde, sabidamente, não se pretende nem resposta nem consolo. Mas, suspeito, a beleza me basta.
É uma contradição interessante que eu busque respiro na psicanálise onde, sabidamente, não se pretende nem resposta nem consolo. Mas, suspeito, a beleza me basta.
É estranho quando um
semestre acaba tão fora do calendário usual. Parece que ficou tanto por fazer.
Mas já sinto aquele cansaço querendo se tornar prontidão para uma nova turma.
Já não tenho muito a dizer, embora fale pelos cotovelos. Não sei se chegamos
onde deveríamos, mas sinto que fomos o mais longe possível. Só espero que uma
ou outra reflexão aguente firme e atravesse o mês de férias. Gosto de pensar
que, suportado este período, uma idéia ou outra permaneça com eles, como
inquietação.
42 anos, já tive muitas, muitas alegrias na vida. Uma das que gosto de compartilhar: acertar o ponto do peixe. Talvez para quem me lê isso seja banal. A cozinha tem suas mágicas, acho eu. Tenho gosto no meu tempero. Tenho prazer nas minhas combinações. Mas o ponto, o ponto é mais que atenção, cuidado, conhecimento. É, também, o bafejar da boa sorte. Talvez porque eu fique impaciente e para não tirar precipitadamente me desligue, o risco de ficar seco ou tirar dois minutos antes sempre me assombra. Mas hoje, hoje não. Macio e suculento por dentro, douradinho por fora.
Geralmente em livros romantizados com descrição de batalhas, quando um dos protagonistas é ferido, há a surpresa antes da dor. Eu sempre achei isto meio brega. Até. Foi assim. A surpresa por poder ser ferida. Até agora ainda é maior a surpresa por estar doendo do que a dor, ela mesma.
42 anos, já tive muitas, muitas alegrias na vida. Uma das que gosto de compartilhar: acertar o ponto do peixe. Talvez para quem me lê isso seja banal. A cozinha tem suas mágicas, acho eu. Tenho gosto no meu tempero. Tenho prazer nas minhas combinações. Mas o ponto, o ponto é mais que atenção, cuidado, conhecimento. É, também, o bafejar da boa sorte. Talvez porque eu fique impaciente e para não tirar precipitadamente me desligue, o risco de ficar seco ou tirar dois minutos antes sempre me assombra. Mas hoje, hoje não. Macio e suculento por dentro, douradinho por fora.
Geralmente em livros romantizados com descrição de batalhas, quando um dos protagonistas é ferido, há a surpresa antes da dor. Eu sempre achei isto meio brega. Até. Foi assim. A surpresa por poder ser ferida. Até agora ainda é maior a surpresa por estar doendo do que a dor, ela mesma.
2 comentários:
Olá!
Talvez o que mais me surpreenda seja a beleza da vida após a chegada da maturidade. As coisas simples são mais extraordinárias.
Belo texto!
Bjs da Mila
Obs: Voltando a ativa, mas ainda repaginando as coisas no blogger, vou deixar o link...rs...
https://palavrandoels.blogspot.com.br/
Obrigada, Mila, pelo comentário. Vou lá dar uma espiadinha :)
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